Saturday, August 15, 2009

Vícios


Os meus dois maiores vícios, neste momento, são a música e a fotografia. Ambos dão um sentido especial ao meu dia-a-dia. A música esteve desde sempre presente na minha vida. Lembro-me perfeitamente do primeiro rádio que os meus pais me deram e das duas primeiras cassetes de música que tive: Tracy Chapman e Nana Mouskouri. Recordo também a emoção de ter uma aparelhagem em casa com um gira-discos. O meu primeiro disco foi de Chris De Burgh (ouvi vezes sem conta Lady In Red), e um outro disco que marcou profundamente a minha pré-adolescência foi o de Cat Stevens que incluía Father and Son (lindíssima música e letra!). Entretanto, os dois primeiros cd’s que tive e comprei com o meu mano numa loja do Centro Comercial de Venepor (nos seus tempos áureos!) foi Santana e Queen (lembraste mano?). Mas à parte do “consumo musical”, ter aprendido a tocar orgão (o que me obrigou a estudar música) e guitarra, tornou-me talvez mais sensível e dependente da mesma. Tenho boas recordações desses tempos!



Forum da Maia (1996), durante uma das festas organizada pela Junta da Freguesia. Compilamos 10 músicas dos Nirvana, grupo musical que também fez parte da minha adolescência. Agora ando com a mania de aprender a tocar saxofone e considero que nunca é tarde para aprender, principalmente quando é algo de que realmente gostamos.


Quanto ao meu segundo vício, dei-me conta dele recentemente, mais precisamente no dia em que cumpri 29 verões. Estava eu prestes a materializar um momento divertido durante o almoço, em que vieram os empregados à nossa mesa cantar “Las Mañanitas”, quando uma peça da lente se soltou e deixou de funcionar. Senti-me como uma criança a quem se lhe tira o seu jogo preferido. Sem querer cair em exageros senti-me deveras triste e senti também um certo vazio pensando “e agora, que faço eu sem a minha máquina?”. Contactando uma loja de fotografia aqui em Saltillo aconselharam-me a ir directamente a uma oficina autorizada da Nikon, pois oficinas que me arranjem a lente há várias, mas que dêem a garantia de que farão um bom trabalho é que não e arrisco-me sem necessidade. Claro que vai ser um longo processo, uma vez que terei de enviar a lente para a Cidade do México e aí vão cotizar o arranjo etc…Assim sendo, decidi fazer o que já estava para fazer há muito tempo. Comprar uma câmara digital compacta (para aquelas casiões em que levar a minha Nikon grandota se torna mais complicado ou desconfortável). Claro que já investiguei qual poderia ser a melhor compra e o lugar ideal para o fazer. Assim sendo, para alimentar este vício percorrerei esta próxima segunda-feira uma hora e meia de auto-estrada, mais não sei quanto tempo até entrar na cidade de Monterrey e encontrar a loja oficial da Canon e comprarei a minha PowerShot G10.

E enquanto estes forem os meus vícios, penso que me posso considerar uma pessoa feliz! :)


Para recordar...


6 comments:

  1. Olá SM!

    Sobretudo quando há consistência, alimentada pela frequência com que as coisas se repetem, não temos dúvidas sobre alguém. Neste caso, no seu caso, não tenho mesmo dúvidas em considerar que é uma pessoa cheia de valores fortes e bom carácter. São duas características cada vez mais raras, sobretudo quando conjugadas, neste mundo tão carente de valores, em que o individualismo se confunde demasiado — e funde também — com o egoísmo, como se mais ninguém contasse. As suas palavras, aquelas que conta no seu blog, mas também nos comentários que tem vindo a escrever no meu e noutros que tenho encontrado, fazem-na merecer um prémio. Não deixe de continuar a contar o que lhe vai na cabeça e passa à frente dos olhos, nem de comentar o que encontrar no que os outros, como eu, ou a Gui, lá nos confins de Moçambique ou a vijar algures pelo planeta terra, viram!

    Um beijo,

    PS - Recupere rapidamente a sua Nikon, porque as "compactas" são só para andar no bolso e captar aqueles momentos que não estamos à espera. E fique a saber que essas músicas ainda hoje me encantam; as do Cat Stevens, do Chris de Burg e contemporâneos, que são mais da minha que da sua idade. Mas qual idade?...

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  2. Olá Alexandre,

    Uma vez mais as suas palavras dão-me imensa energia e fazem-me sentir lisonjeada. Também me motivam imenso a desenvolver a minha escrita e a prosseguir com o meu blog dando uma atenção especial aos detalhes. Obrigada pela confiança!

    “Idade” é um conceito que não se deve aplicar no mundo da música, não acha? Basta que nos agrade, que nos passe algum tipo de mensagem , que nos proporcione algum tipo (outro tipo) de “viagem” para ser uma música especial!

    Abraço,

    Sílvia

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  3. Silvinha amada, coisa boa te encontrar nesse mundão. Estou começando a te ler, meio correndo, que sexta eu jã viajo, mas já estamos conectadas eu e voce.

    Lendo voce eu lembrei que até os 29 anos eu nao tinha muitos hobbies, era só trabalho. Aparentava 34 anos, era o que geralmente me davam de idade quando eu perguntava. Vou fazer 40 daqui a 6 meses e hoje me dão menos idade do que... naquela época!!! O que mudei? Parei de crescer no trabalho, mas estou em busca de um crescimento bem maior, com minhas fotos, meu escritos, minhas literaturas, minhas viagens...

    O que eu quero dizer com isso é o mesmo que o Alex: nao deixe de curtir seus hobbies. Eles poderao até te afastar um pouco da riqueza de ser milionária, mas te abrirão um infinito de outras riquezas.

    Pra variar to viajando rsrsr

    PS: Teu post sobre Irlanda tá sendo super útil, meu espírito já está preparado... to sabendo que lá vai escurecer depois das 20h nessa época, entao é o tempo de chegar no hotel e sair pra um pub, que pra turista acho que esse esquema tá bom demais! mas estou pensando o que seria 2 anos vivendo assim, cruzcredo! Tadinha de voce!

    besos!

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  4. Te respondi lá no meu blog mas aqui vai novamente: Eu fiquei interessada nas tuas dicas da Irlanda sim! quem sabe voce me passas uma listinha dos lugares que classificas como top-top imperdiveis, sob o seu ponto de vista? O meu roteiro tá enorme, eu nao vou passar por tudo o que mapeei, entao a tua percepção ajuda a filtrar o que ver ou nao, pode ser? Valeuuuuu!!!

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  5. Grandes escolhas musicais, desde o início! Adoraria tocar órgão e outros instrumentos.

    E também comprei recentemente uma ultra-compacta muito jeitosinha.

    Bons vícios.

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  6. Olá Gimbras! :)

    A música faz realmente parte da minha vida e gosto de vários tipos de música; depende um pouco do estado de espírito, mas também é certo que a música tem a capacidade de transformar estados de espírito, verdade? Quando era adolescente sentia esse forte efeito com a música de Bob Marley. Por mais triste ou aborrecida que me pudesse sentir em certos momentos, as músicas do “Rei do Reggae” faziam-me sempre sorrir, dançar, cantar, trazendo-me de volta a boa disposição!

    Desfrutar a música e a fotografia, é do melhor!

    Beijinhos

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