Monday, September 14, 2009

Ler e Relaxar


Apesar destes últimos tempos andar fartinha de ler tanto artigo científico e de passar tanto tempo em frente ao computador a escrever os meus relatórios, ando com muita vontade de ler. Mas ler algo que desperte a minha imaginação, que me leve a outros lugares… Trouxe alguns livros de Portugal e fui comprando outros por aqui. Dos livros que ainda não li ficam “A Lâmpada de Aladino” de Luís Sepúlveda (um regalito da minha amiga Joana) e “A Bruxa de Portobello” de Paulo Coelho. Vou começar pelo segundo. Por nenhuma razão em particular, mas gosto muito dos livros de Paulo Coelho. Tem uma escrita simples mas que prende. Preciso de algo light. Já li muitos dos livros de Paulo Coelho e os que mais me marcaram, talvez por coincidirem com certas situações que vivia na altura, foi “Verónica decide morrer” e “Onze minutos”. O último que li de Paulo Coelho, “Ser como o rio que flui”, é um livro de crónicas interessante que devorei entre algumas pequenas sestas e dois dedos de conversa com o companheiro italiano do assento do lado durante a viagem de Frankfurt para o México (as belas 11 horas…podiam ser onze minutos!). Ler e relaxar a mente!


11 comments:

  1. Também gosto muito de Paulo Coelho.
    Já li esse. Já foi há tanto tempo que nem me lembro bem mas acho que gostei.
    bjinho
    ~:)

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  2. Que giro. Ainda hoje falei dos livros do Paulo Coelho.

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  3. Olá Silvia,

    Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és. Mas não, não digo, porque cada um tem direito às suas próprias escolhas. E o que é preciso é ler. Ler só faz bem. Abre-nos a mente, traz-nos novas perspectivas, convida-nos a reflectir, distraí-nos, por vezes até nos entristece mas, normalmente, sempre nos enriquece um pouco mais. Leio tanto quanto escrevo. Não passo sem leitura diária. Jornais, revistas, e um livro antes de adormecer. Para chamar o sono, por vezes, pra tranquilizar o espírito, outras vezes. Por sim, na maior parte das vezes. Porque gosto. E quando é um livro apaixonante, não consigo parar de ler. A última dessas maratonas foi quando em duas noites li as Memórias do Cativeiro, escrito por Clara Rojas, uma mulher que eu bem gostava de conhecer, tamanha a sua experiência! Era assistente de Ingird Bittancourt e passou meia-dúzia de anos sequestrada pelas FARC na selva colombiana até ter sido libertada, graças à mediação de Hugo Chavez. Pelo meio, teve um filho, que adoçeu tanto que teve de perdê-lo, para que fosse salvo, algures na civilização. Reencontrou-o após a libertação, num orfanato dos arredores de Bogotá. São e salvo. É uma história de vida notável. Se ler, vai perceber que não consegue parar. Entretanto, acabei agora de ler As Rosas de Atacama, de Luís Sepúlveda, que reúne uma série de pequenas histórias, grande parte das quais li e logo esqueci, infelizmente. Agora, durmo com os Contos e diário de Florbella Espanca, também ela com uma escrita notável. Alguma vez leu?

    Beijo,

    Alex

    PS- Um dia, uma amiga ofereceu-me um livro de Paulo Coelho. O Alquimista. Li todo, como também li o Não Há Coincidências, de Margarida Rebelo Pinto, apenas para tomar consciência do porquê do sucesso de um e de outra. A receita é tão levezinha que é só dizer o tema que quer que eu explore e escrevo um só para si...

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  4. amiga, estou na mesma situação do que tu - preciso de uma leitura mais light após ler dezenas/centenas de artigos científicos. preciso de algo mais concreto, algo que me traga de volta para a realidade.

    20 anos volvidos, reli "le parfum - histoire d'un meurtrier" do patrick süskind (e fiz questão de relê-lo em francês) e agora estou a ler "a febre" de jean-marie gustave le clézio (prémio nobel da literatura) - aconselho vivamente.
    mas no nosso encontro cá em basiléia, para além de trocar impressões sobre bactérias, fungos, leveduras, falaremos um pouco de literatura...

    beijinho transatlântico :)

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  5. Alexaaaaandre,

    Comparar Paulo Coelho com Margarida Rebelo Pinto? Caneco :) Paulo Coelho tem uma escrita muito suave e simples como mencionei no post, mas tem alguma qualidade. Essa senhora, que se diz escritora, tem uma escrita pobre e não acho justo compará-la com a de Paulo Coelho. Mas lá está, caímos no mesmo, são opiniões e cada um tem direito à sua. Cabemo-nos respeitar.

    A leitura é como a música, ajusta-se um pouco ao nosso estado de espírito. E depois de ler umas quantas obras de um determinado escritor já conhecemos o que esperar de um novo livro (isto em relação a aspectos muito específicos da sua escrita). Podia pôr aqui uma grande lista de outros escritores que me fascinaram com muitas das suas obras, mas isso não me define. E é como diz, enriquecemo-nos com a leitura, seja ela qual for, tendo é claro algum critério de escolha.

    Já li Florbela Espanca, os seus sonetos. Li e reli-os inúmeras vezes, há uns bons anos atrás. Florbela Espanca e Fernando Pessoa, inigualáveis.

    Um abraço,

    Silvia

    PS. Vou-lhe passar então alguns temas para que me escreva um livro! :)

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  6. Sem dúvida Li, já nos imagino no comboio a caminho das termas percorrendo aquelas montanhas brancas maravilhosas, a tomar um chá bem quente, e a discutir sobre o que lemos; trocando sugestões para próximas leituras. Uuuuuuu, so cool! ;)

    Beijo “picoso”, como dizem aqui, pois esta noite ouviremos o grito: Viva México! (199 anos da independência mexicana ;)

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  7. Silvia, outra dica de leitura incrivelmente leve e gostosa demais são os livros do Bill Bryson. "Notas de um País bem grande" é hilário, ele volta a morar nos USA após anos morando na Inglaterra e faz uma crítica comparativa muito divertida dos costumes dos dois países. Procure por aí, você não vai se arrepender! Estou no terceiro livro desse autor.

    Alex... Florbella Espanca... Memórias do Cativeiro... caraca você lê de tudo hein!!

    Eu queria ser mais profunda nas minhas leituras. Ultimamente estou só na leiturinha light...

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  8. Olá Gui!

    Obrigada pela sugestão, a ver se o encontro; entre outros tantos livros que já tenho em mente! ;)

    Beijo grande

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  9. Olá SM, olá Gui,

    Mesmo sabendo que não se trata de um fórum, não resisti a comentar os comentários. Antes de mais, para dizer que tenho o maior respeito por toda a gente, seja a que escreve — no caso os dois autores que referi e que não constam na minha biblioteca — seja a que lê, e isto já se aplica às duas, por quem, aliás, para além do respeito, sinto também uma amizade que tem crescido de leitura em leitura, como se fossemos velhos companheiros que o acaso da vida mantém longe da vista, mas só mesmo longe da vista. Eu não comparo autores, até porque tenho sempre bem presente que somos todos diferentes, logo não faz sentido pôr essa possibilidade. Margarida Rebelo Pinto foi um fenómeno de popularidade em Portugal graças a um plano de marketing delineado por ela própria para promover o seu livro de estreia, que embora tivesse sido desprezado e até gozado por algumas das editoras mais prestigiadas e importantes, ela teve o enorme mérito de conseguir cumprir; isso e uma receita levezinha, com uma história tão suave que até distraía e, sobretudo, fazia muitas cabeçinhas sentirem-se retratadas com uma, às vezes até mais do que uma, personagem, catapultou-a para o sucesso. Claro que os eruditos a continuam a desprezar. Eu não, e reconheço-lhe precisamente esse mérito de conseguir pôr imensa gente a ler e a ter prazer com a leitura. Tomara eu um dia conseguir um sucesso assim; acho que todos nós gostaríamos que o nosso trabalho, não interessa qual é, fosse apreciado e reconhecido por tanta gente. Quanto a Paulo Coelho, tem uma receita parecida, mas a uma escala global. A Silvia não se ofenda que eu o coloque fora das minhas prateleiras, nem que o classifique como "leiturinha light", para usar uma expressão da Gui. Acho que exagera do misticismo, de ser tudo muito puro, muito "nham-nham"? Consegue compreender? É leitura perfeita para aqueles dias em que queremos sentir pena de nós e soltar umas lágrimas. Para chorar, quando não basta a vida real, vou ao cinema...

    Um beijo para as duas, com amizade

    Alex

    PS - E fico à espera dos temas, que terei muito gosto em escrever-lhe um livro. Fica a promessa feita aqui, publicamente!

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  10. A Sra. Rebelo Pinto foi minha professora. Também não considero justo comparar Paulo Coelho a ela. É bem diferente (para melhor) o Coelho. De longe.

    Na minha modesta opinião, claro.

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  11. Olá Alexandre!

    Claro que não me ofendo por não ter nas suas prateleiras algumas das obras de Paulo Coelho e compreendo quando as considera de “leiturinha light”. Só não estou de acordo com a sua definição como leitura para "aqueles dias em que queremos sentir pena de nós e soltar umas lágrimas", pois nunca o experienciei. Mas se calhar até há pessoas que têm essa perspectiva, não sei! Pessoalmente, nunca li um livro de Paulo Coelho com esse espírito, mas sim, o misticismo reina na sua escrita…

    Abraço,

    Silvia

    PS. Cobrarei a promessa feita publicamente! :)

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