‹Instinto› A experiência, com toda a certeza, dar-me-à um maior à vontade em seleccionar as melhores fotos, desviando-me desta indecisão que me faz sentir perdida entre a intuição e a opinião – minha e de outras pessoas. Esta fotografia intitulada Instinto, entre inúmeras outras que considero especiais, foi a escolhida para a Exposição na Velha-a-Branca; e, rapidamente, aqui vos conto a sua história.
Caminhando pelas ruas gastas de memórias que se entrecruzavam com outros tantos pequenos becos e vielas, subia os degraus da Ribeira que me conduziam ao alto da Ponte D. Luis I. Em direcção contrária surgiu, quase que vinda do nada, uma onda de murmúrios e olhares - turistas de origem por mim desconhecida – que se encantavam com os detalhes daquela caminhada descendente que os levava às histórias do Rio Douro. Entre essa onda e o meu caminho, como uma breve pausa, repousava um gato. Eu aproveitei esse momento para capturá-lo com a minha câmara e trazê-lo como uma recordação. Não se moveu, nem me olhou. Parecia hipnotizado. Era a força do seu ‹instinto› que o impedia de responder às tentativas de agarrar a sua atenção. E assim, com a chegada do meu silêncio e a oportunidade de eternizar um momento onde múltiplos olhares se cruzavam, disparou a câmara. Guardo a recordação.
7 de Março de 2010
Profundidade na foto e nos comentários ... e parece que há uma gaivota que sim hipnotiza o gato.
ReplyDeleteMaravilhosa foto, de verdade.
Beijos,
Oi Antonio!
ReplyDeletePois, a gaivota…e o 'instinto' levou o felino a fixar a sua atenção :) Que bom que gostou da foto!
Beijo grande,
Silvia
Ele se confunde com a paisagem, incrível!
ReplyDeleteOi Mariana!
ReplyDeleteÉ verdade, há uma espécie de camuflagem; o gato acaba por se confundir no meio daquele chão e muros de pedra. Há uma semelhança nos tons! Podemos ir pela teoria da selecção natural de Darwin :) a lei da sobrevivência!
Silvia
o olhar do gato e a linha do corrimão que nos guiam para as pessoas, anónimas
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