Tuesday, September 8, 2009

Também é preciso...


...relaxar, quebrar a rotina, esquecer o trabalho e as preocupações nem que seja por breves instantes. Cem quilómetros de auto-estrada. Cem quilómetros daquela paisagem que tanto me encanta e que levarei comigo. E assim, bem no meio do nada ficam as termas de San Joaquin.

A caminho das Termas de San Joaquin.


Nas termas de San Joaquin construíram um complexo muito simples mas muito bonito de casas decoradas com um estilo bem rústico, mas ao mesmo tempo, com um certo luxo e atenção aos detalhes. Para chegar às termas é necessário percorrer um pequeno trilho de tunéis onde nos envolve um certo misticismo pela luz que nos guia e o silêncio que nos acompanha (foi uma sorte ir numa segunda-feira, pois não havia ninguém - literalmente - nas termas).



A luz que nos guia pelo túnel.

E ao fim de alguns metros chega-se ao lugar onde reina um delicioso silêncio (sorte!) e relaxar deixa de ser uma miragem. Desconheço a composição da água, mas pelo odor tinha enxofre. As piscinas maiores estavam entre 40 a 44 graus centígrados. As mais pequenas, exclusivas para os hóspedes (diziam os avisos), não tinham marcada a temperatura, mas estavam de certeza a uma temperatura superior (porque me custou imenso meter na água, ao contrário das piscinas maiores). Aguentei os 5 minutos recomendados (quase se deu o verdadeiro fenómeno de "cozido à portuguesa") e fui bem depressa ao chuveiro provocar aquele maravilhoso choque térmico. Mais uns minutos na piscina grande e voilá: pele rejuvenescida, articulações no seu máximo, circulação activa e uma moleza descomunal! Tinha marcada a bela da massagem com pedras quentes para as 19h (que me ia custar os olhos da cara, mas valia pelo bem-estar...bom, deve valer porque nunca experimentei) e às 18h decidem avisar que o SPA estava em manutenção. Estava Zen, não ia deixar que isso me des-relaxasse, mas obrigou-me a uma breve visita à recepção e consequente queixa. Assustei civilizadamente o recepcionista (que me devia ter notificado com antecedência) e regressei ao meu descanso e reflexão.




Amanhecer soleado. Eu só queria luz! E bem cedinho, o regresso a Saltillo ao trabalho.


Valeu a pena. Fica só a vontade da dita massagem...

14 comments:

  1. amiga, invejo-te a determinação. há meses que falo em ir a un spa, mas arranjo sempre desculpas para não ir!
    foi realmente pena não conseguires o tratamento com as pedras quentes - já ouvi falar maravilhas. mas acho bem que tenhas reclamado!
    espero que consigamos ir um dia aqui na suíça - existem uma águas termais quentes no alto das montanhas, onde podes te banhar rodeada de neve :)

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  2. Ena pá, altamente mesmo!
    :) Que fixe a cena do choque térmico, também precisava para curar um joelho e as costas.

    Curti a passagem: «(quase se deu o verdadeiro fenómeno de "cozido à portuguesa")». Eheheh.

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  3. Olá SM,

    Essas termas mexicanas pareceram-me muito bonitas, mas digo-lhe já que aquelas de que a sua amiga Li fala, na Suíça, são um assombro. Visitá-las, indo a banhos, naturalmente, é uma daquelas experiências que jamais se esquece. Até porque o espaço, concebido por um arquitecto de renome mundial, é só por si um encanto. Bem, mas enquanto pensava nisso, eu recordava-me de umas termas de água quentíssima, mas muitíssimo mais simples, no sul de Angola. As piscinas de Conda, que me abriram tantas histórias e recoerrdações...

    Beijo,

    Alex

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  4. Li, na verdade não é só determinação, é também disponibilidade de tempo :) Estou com puro trabalho de escrita (tenho umas cenas para te contar de trabalho de bradar aos céus!!!)… Ok, vou ser mesmo sincera: tenho umas quantas experiências para fazer antes de regressar a PT (preliminares) mas ando constantemente a adiar; primeiro porque sei que quando começar o trabalho vou terminá-lo num àpice (que máquina!); e segundo, porque não tenho o HPLC disponível, e assim deixo-me andar… Mas não te preocupes, quando aí estiver (Switzerland!!!) não arranjarás desculpas para não ir a essas (parecem fabulosas!!) águas termais quentes no alto das montanhas (lindo!). Muita águinha termal e muita massagem, é o que se quer!

    Beijinhos,
    Silvia

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  5. Olá Gimbras :)

    Muito bom mesmo esse choque térmico! Bom, porque foi moderado, uma vez que a água do chuveiro não estava gelada. Quando fui a Budapeste, a cidade dos SPA’s (onde há SPA’s como pastelarias em Portugal), aí sim foi BRUTAL! Primeiro, haviam duas piscinas interiores, uma a uns 37 graus centígrados e outra com água literalmente gelada. Eu feita tótó, que destesto o frio (às vezes não o suporto!), achei que seria capaz de fazer o mesmo que aqueles idosos (já bem habituados a estes tratamentos), estando MINUTOS descontraidamente naquela água gelada. E bom, lá saí cheia de convicção da piscina quente e meti-me na fria (onde se entrava por um lado e era obrigado a sair por outro). Era ver a trenga a pinchar na água que dava pela cintura para sair daquele pesadelo. Foi verdadeiramente HORRIVEL! Imagina a cena…Depois na parte exterior havia uma piscina enorme, (verdadeiramente espectacular, gostava de pôr aqui uma foto), e era só conseguir enfrentar os 4 graus de temperatura (cabe dizer que estávamos na Hungria nos finais de Novembro) para poder entrar naquela água tão quentinha! O recomendado era estar 20 minutos, mas haviam pessoas a jogar dominó na borda da piscina e a cozer! O problema depois foi mesmo sair…

    Recomendo-te mesmo um bom banho em águas termais para curares esse joelho e costas, mas não é preciso ir tão longe. Aí em Portugal também temos bons lugares de águas termais (Curia, por exemplo).

    E repito, era colocar uns legumes e uns enchidos na piscina individual em que estive e quase tinhamos um “cozido à portuguesa” :P

    Beijinhos,
    Silvia

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  6. Olá Alexandre,

    Já estou convencidíssima a ir a essas termas na Suiça! Será que nessas termas também obrigam as pessoas a usar fato de banho ou calção? :) Brincadeirinha, e entende quem ler o seu último e (mais uma vez) magnífico post do seu blog!

    Um abraço,
    Silvia

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  7. Que lindo! Transmite muita paz e tranquilidade...apetecia-me estar aí.
    bjinho gde
    :)

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  8. olá s.m.,

    para responder à tua pergunta, existem sim muitos banhos (turcos) aqui na svizzera que permitem (aliás é regra) o naturismo. nestas termas não estou certa, mas é questão de investigar.

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  9. Olá mjoaob,
    Muito relaxante mesmo! Estes momentos e lugares fazem bem ao corpo e à mente ;)

    Li, nem percas tempo a “investigar” porque estava no gozo! ;) Não tenho qualquer intenção de praticar naturismo, pelo menos tendo como opção essas termas de que me falaste :D Tá muito bom de fato de banho!

    Beijinhos,
    Silvia

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  10. ahahaahahaahahaahaha
    certeza que não queres experimentar?

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  11. Li, eu alinho! Há que experimentar, não achas? ;) Mas primeiro o primeiro! :)

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  12. Gostei da parte do "naturismo".
    Sempre se junta o útil ao agradável. Lol.
    :P

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  13. Suíça, México, mesmo África... é aqui, como num ou noutro blogue como o do Alexandre que, limitado ao espaço físico deste canto lusitano sacio a minha imaginação, o desejo e a curiosidade por saber mais e mais de outros países e culturas. As imagens, como sempre, parecem de lugares irreais, lindos, em contraste com as notícias diárias de um mundo em crise, económicamente, mas também de valores. Essa vivência partilhada com quem por aqui passa é como uma lufada de ar fresco para quem vive escravo do relógio e cercado de muralhas de cimento. Obrigado por estes momentos que nos proporcionas. Bjs.

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  14. Olá Miguel,

    Sabe bem partilhar o bom e o mau, o bonito e o feio, a realidade de um lugar! Claro que há a tendência para mostrar o bom e o bonito, mas todos sabemos que a vida não é feita só disso. É engraçado que há um par de dias pensava como, por exemplo, a Cidade do México tem sido ultimamente tão fustigada com tudo e mais alguma coisa; a influenza, os sismos, as inundações e esta última do desvio de um avião da Aeromexico de Cancún pelos bolivianos que alegam ter tido um chamamento divino para que o Presidente Calderón viesse falar-lhes. Já para não falar do maior problema, o narcotráfico, que afecta cada canto do México. Mas a minha passagem por aqui não pode prender-se a essas vivências. Quero realmente mostrar e levar comigo o bom e o bonito deste país. E saber que há quem me acompanhe nesta “viagem” é a melhor recompensa. Obrigada!

    Abraço, Silvia

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